Para passear ou para consultas médicas, as “mãetoristas” comandam a direção
Que as mulheres estão dominando cada vez mais o mundo da direção, não é novidade, e dentro dessa categoria temos as incríveis Mamães Motoristas ou “Mãetoristas”.
Muitas das vezes as mães se tornam as motoristas oficiais de seus lares, tanto pelo companheiro não possuir CNH quanto pela disponibilidade do mesmo em transportar a sua família para algum compromisso. Mas isso não é uma preocupação para elas, já que essas mulheres se divertem com suas crianças durante as viagens.
Da escola até a um passeio no shopping, as cantorias e altos papos fazem com que o trajeto até o local desejado seja mais leve e divertido. Isso acaba virando um momento, que lá no futuro os filhos e as mães irão lembrar e vão querer voltar no tempo. Mas é claro que não são apenas memórias, é também uma facilidade na vida daquela mulher.
Grande parte das mulheres possuem uma rotina corrida e com muitos afazeres, às vezes sendo necessário servir de motorista particular dos seus filhos com muita frequência. Nessas ocasiões, saber dirigir facilita e otimiza o tempo, pois assim, elas não precisarão depender de ninguém para levá-los, nem depender de transportes públicos ou aplicativos de corrida. Outro ponto de extrema importância é o conforto tanto para ela quanto para o seu filho, que dependendo da situação, não receberá a mesma empatia por parte de outras pessoas.
Isso também se aplica às mamães grávidas. Em depoimento recebido por uma mãetorista em período gestacional, ela nos conta o quanto a direção facilita para idas ao médico e até para comprar o enxoval do seu bebê. Ainda nesse relato, a entrevistada conta a história do dia do seu próprio parto, onde sua mãe contou para ela o quão difícil foi para chegar até o hospital.
Infelizmente, muitas mulheres ainda passam por isso. Ela conta que sua mãe sentiu a bolsa estourar e ficou sem amparo, pois além de não saber dirigir, não havia alguém para levá-la, sendo necessário pedir socorro na rua, pois até mesmo a emergência leva um tempo para chegar e, como sabemos, todo segundo conta.
Mas é possível dirigir após a bolsa estourar ou em casos de contrações? A resposta é SIM, desde que a mulher esteja em plenas condições, pois nesse primeiro momento as contrações são com espaços de tempo mais longos e são mais fracas, mas lembre-se, sempre fale com seu/sua obstetra e veja o que é recomendado.
Outras questões, como a segurança da mulher e do bebê também são colocadas em check positivo, pois em um transporte público muitas grávidas não são respeitadas, assim, podendo ser empurradas, machucadas e correndo o risco até de cair em uma freada brusca.
E para piorar, os assédios durante o período da gravidez não somem, pelo contrário. Neste relato, a entrevistada contou que os assédios sofridos aumentaram ainda mais na gestação, sendo acompanhados de comentários indecentes e inoportunos. Por isso, o conforto físico e psicológico de dirigir o seu próprio carro se torna uma das maiores vantagens para as mães.
Dicas para conforto e segurança na direção durante a gravidez
- Evite dirigir desacompanhada durante os primeiros meses da gestação, pois esse é um período onde a mulher passa por muitos enjoos, queda de pressão e até desmaios;
- Use o cinto de segurança corretamente, a faixa deve estar ajustada entre as mamas e a faixa transversal deve ficar abaixo do ventre;
- Afaste o banco para distanciar a barriga do volante, em casos de veículos com regulagem de volante, recomenda-se a elevação para que mantenha a distância (pelo menos 30cm) e se o carro possuir airbag, o volante deve estar na direção do tórax e cabeça;
- A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET) recomenda que em casos de exames que necessitem de jejum, a mulher esteja acompanhada ou passe a direção para outra pessoa; evite dirigir em dias muito quentes e em viagens muito longas; e não dirigir quando houver riscos de aborto, cãibra, pré-eclâmpsia ou hipertensão, risco de parto prematuro, enjoos e/ou vômito;
- Evite dirigir se estiver tomando algum medicamento, cujo efeito colateral seja a sonolência;
- Não execute manobras repentinas, como acelerar ou frear bruscamente;
- Alguns médicos aconselham que essas mulheres dirijam apenas até a 36ª semana ou que estejam sempre acompanhadas após esse período;
- Após o parto, é recomendado que a mulher só volte a dirigir após 15 dias (em caso de parto normal) ou após 40 dias (em caso de parto cesariana);
- Para a segurança do bebê, o “bebê-conforto” é indicado até 1 ano ou até o bebê possuir 9kg, após isso, realizando a troca para a cadeirinha adequada a sua idade.
Para finalizar, as mães que assumem o controle do volante não são apenas motoristas particulares de seus filhos, mas também servem de inspiração para aquelas crianças que enxergam a liberdade e confiança da mãe.
Em um relato publicado em 2020, foi levantada a questão de que mulheres que têm medo de dirigir possuem mães que não dirigem. Isso não é uma regra, mas foi percebido que mulheres que têm mães motoristas, conseguem dirigir com muito mais tranquilidade e confiança, por crescer com esse exemplo ao lado. Afinal, os filhos se espelham nos pais.
Você também pode se tornar uma Mãetorista, deixar o medo de lado e incentivar as suas filhas e várias outras com a Mulheres Habilitadas, entre em contato conosco e volte ao volante.
